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Alerta: Prefeitura de Juazeiro planeja bloqueio no número de leitos do Hospital de Campanha e desperta preocupação

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De acordo com informações que chegaram ao Portal Preto No Branco, a Prefeitura de Juazeiro estaria planejando fechar ou reduzir drasticamente o número de leitos do Hospital de Campanha, aberto na gestão passada, início da pandemia do novo coronavírus. O hospital conta com 40 leitos.

Em consulta ao Diário Oficial do município constatamos que, o contrato atual, com dispensa de licitação por conta da situação emergencial, com a empresa que oferece a estrutura do hospital, vai até o próximo dia 22 de setembro.

Nossa redação tem recebido algumas manifestações de preocupação com a decisão da gestão municipal, caso o fechamento se confirme. São moradores de Juazeiro, que acham “precipitada” e “inconsequente” qualquer decisão de fechar o espaço ou reduzir a oferta de leitos, no momento em que ainda não se sabe, ao certo, como a pandemia irá se comportar.

“A pandemia não acabou. A variante Delta está aí, se propagando, e é uma ameaça real. Também há de se considerar que recentemente houve a liberação para eventos com mil pessoas, o que pode ter como consequência o aumento de novos casos. Seria uma decisão precipitada e até irresponsável, que iria fragilizar ainda mais o sistema de saúde, já tão precário”, disse o leitor Antônio Batista ao PNB.

“A Secretaria de Saúde pode dar um tiro no pé e piorar o que já está muito ruim. Querem reduzir custos da saúde, tirando um serviço importante neste momento de pandemia. Mesmo a redução não deve ser feita assim, sem uma segurança necessária. Baseados em quais números e dados estão tomando esta decisão? Apenas na diminuição do número casos nos últimos dias? A impressão que se tem é que esta equipe faz as coisas sem planejamento algum”, disse uma profissional de saúde que pediu para não ser identificada.

Ela ainda alertou para os casos “pós-covid” que vem demandando a necessidade de leitos.

“O sistema de saúde tem recebido muitos pacientes com sequelas da Covid 19, e que precisam de leitos. São pacientes renais graves, que adquiriram cardiopatias e outras enfermidades. Aqui em Juazeiro estes casos vem aumentando muito, como em todo país. Por que não disponibilizar os leitos para este público? fazendo uma readequação do espaço do Hospital de Campanha? Fechar leitos agora seria muita irresponsabilidade. Outra, e se houver um novo surto? Uma estrutura daquela leva dias para ser concluída”, disse a profissional.

O médico e vereador Salvador Carvalho também manifestou sua preocupação, considerando que a cobertura vacinal no município não atingiu os 70%.

“O Fechamento, neste momento, é precoce. Apesar dos baixos números de pacientes internados, nós não temos mais enfermaria Covid no munícipio, já que o Hospital Regional fechou a sua enfermaria para pacientes com a Covid e também fechou 10 leitos de UTI Covid. A diminuição gradual no número de leitos seria a melhor opção neste momento, até porque não temos ainda mais de 70% da população vacinada, principalmente de baixa idade. Então é um risco sim. Deveria se esperar um pouco mais, até que chegássemos a 70, 80%  de vacinados”, declarou o médico e Vereador Salvador Carvalho.

O vereador informou que “o Hospital Regional de Juazeiro mantém 10 leitos Covid. Os outros 10 que foram fechados para pacientes com a infecção, agora estão para clínica médica em geral. Antes da pandemia eram 20 leitos UTI, hoje existem 40, sendo 20 UTI clínica médica, 10 cirúrgicos e mais 10 para covid”.

O PNB entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Juazeiro, que confirmou o planejamento para “bloqueio de alguns leitos”.

“Não existe nenhum planejamento ou perspectiva de fechamento do Hospital de Campanha, o que existe é um planejamento para bloqueio de alguns leitos, dados os baixos números de atendimentos”, informou o órgão.

Ouvimos também o Irmão Robson, Presidente do Conselho Municipal de Saúde, que confirmou ter sido avisado da decisão.

“Houve uma reunião do Comitê Gestor e eu pedi para primeiro verificar a situação. Tinha se cogitado diminuir dez leitos, mas não desmontar, devido a grande quantidade de leitos ociosos. Nós fomos lá, fizemos um levantamento e concordamos com essa diminuição, em relatório enviado para a secretaria. Desativaria os dez leitos, mas não desmontaria o setor. Caso houvesse um novo surto, voltaria só a equipe, mas os equipamentos permaneceriam no mesmo local”, disse o Irmão Robson, Presidente do Conselho Municipal de Saúde.

 

Da Redação

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