A partir desta terça-feira (19), o preço da gasolina estará mais caro nas refinarias da Petrobrás. “O preço médio da gasolina para as distribuidoras passará a ser de R$ 1,98 por litro, refletindo um aumento médio de R$ 0,15 por litro no preço de venda”, informou a companhia.

Com a alta, o litro do combustível nas refinarias sobe de R$ 1,83 para R$ 1,98. Isso significa um reajuste em torno de 8%.

Esse é o primeiro aumento em 2021, quando a companhia não mais divulgará o percentual do reajuste na refinaria. No ano passado, foram 41 reajustes, sendo 20 aumentos durante a pandemia, quando diversos setores da economia tiveram suas atividades reduzidas ou paralisadas para enfrentamento da Covid-19.

O último aumento da gasolina, de 5%, ocorreu em 29 de dezembro de 2020. Na mesma data o diesel sofreu um reajuste de 4%, o que vem mobilizando caminhoneiros pela mudança na política de preço dos combustíveis.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgado na sexta-feira (15), o preço médio do diesel subiu pela sétima semana consecutiva para o consumidor, atingindo R$ 3,685 por litro na semana. O valor médio da gasolina subiu para R$ 4,572 o litro, a quarta semana seguida de alta.

A direção da Petrobrás reiterou, em nota, que seus preços têm como referência os preços de paridade de importação (PPI). Isto é, estão atrelados às variações do valor do produto no mercado internacional e à taxa de câmbio.

As grandes beneficiárias da elevação de preços pela Petrobrás estão no cartel das importadoras de gasolina e outros derivados do petróleo. A Petrobrás pode impedir que o cartel pratique preços extorsivos. Sua eficiência garante margem de lucro que permite vender a gasolina a um preço menor, em benefício do mercado interno. As grandes tradings e grandes distribuidoras como a Raízen (Shell), a BR privatizada e Ipiranga querem praticar preços extorsivos.

No dia 8 de janeiro, o chefe do cartel, Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), pressionou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Petrobrás com o objetivo de sabotar a ação da estatal contra os predadores do mercado interno.

Já Castello Branco, presidente da Petrobrás, atendeu de pronto as importadoras e subiu rapidinho o preço do combustível da companhia nas refinarias.

Fonte: 60graus.com