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“Chuva que ajuda nas plantações e enche cisternas já é considerada positiva”, afirma agricultor

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No último sábado (13), foi realizado, no IFCE Campus Quixadá, a XXVIII edição do Encontro dos Profetas da Chuva, evento tradicional da cultura regional nordeste que reúne homens e mulheres do campo que através de observações feitas na natureza, fazem suas previsões para a quadra invernosa. O evento mais uma vez reuniu um grande público e contou com total apoio da Prefeitura de Quixadá por meio da Secretaria de Cultura/Fundação Cultural.

Os profetas da chuva são pessoas que, baseadas em sinais da natureza, como o comportamento dos animais, das plantas, dos ventos, das nuvens, das estrelas e da lua, conseguem antecipar se o ano será de chuva ou de seca na região. Eles usam métodos ancestrais, transmitidos de geração em geração, e que muitas vezes se mostram mais acertados do que as previsões científicas.

Neste ano, a maioria dos profetas da chuva foi otimista e previu um inverno com chuvas dentro da média, no estado do Ceará.

O prognóstico dos profetas é mais positivo que os indicativos de seca já mencionados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que alerta para a presença do El Niño, fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico e influencia negativamente nas chuvas.

“Agora a gente há de compreender que o inverno pra Funceme é diferente do inverno do agricultor, dos profetas da chuva”, explica Clébio. Para os agricultores, a chuva que ajuda nas plantações e enche cisternas já é considerada positiva. Órgãos governamentais levam em conta outros marcadores, como o aporte em grandes açudes

.”Eu acredito muito mais em quem é da terra, vive da terra, conhece as manifestações da natureza porque está ali convivendo com ela na sua intimidade”, afirma Clébio. Nesta edição do encontro, 23 profetas compareceram para explicar o que preveem para a quadra chuvosa

.A maioria dos profetas são da região do Sertão Central, onde há tradição de observar a natureza para prever o tempo. No entanto, Clébio afirma que há esforços para fazer uma rede de observadores da chuva, incluindo representantes do Sertão dos Inhamuns, Cariri, Maciço de Baturité e Região Metropolitana de Fortaleza, com Maranguape.

Redação redegn Foto redes sociais

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