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Com uma mística que provocou reflexões sobre a degradação ambiental causada pelas ações humanas, e um convite para cuidar da Casa Comum, o planeta Terra, e garantir o futuro desta e das próximas gerações, teve início na noite desta terça-feira (8), a 31ª Escola de Formação de Juventudes para Convivência com o Semiárido (EFJCSA).
Essa tradicional Escola de Formação do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) enfatiza nesta edição, o tema: “Vida e resistência no protagonismo frente às mudanças climáticas”. Nesse sentido, durante a abertura da Escola, o presidente o Irpaa, José Moacir dos Santos, pontuou a importância de pautar a emergência climática e que a “Juventude tá resistindo, tá inventando outras formas de existir e resistir; então esse é o foco da Escola”.
No total, a 31ª EFJCSA está reunindo 36 jovens, vindos/a de Escolas Famílias Agrícolas (EFA’s), movimentos sociais populares, coletivos de juventude, comunidades tradicionais, entidades parceiras do Irpaa e jovens multiplicadores do projeto Baraúnas dos Sertões. Um público diverso e representativo de realidades distintas nos estados da Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco.
Uinni Oliveira, uma jovem egressa da EFA Mãe Jovina, em Ruy Barbosa, que veio para participar da República de Estudantes do Irpaa, também está vivenciando essa Escola de Formação. Ela afirma que a troca de saberes entre os/as integrantes desse curso vai ser importante para a formação dela; além disso, espera que os estudos contribuam para “também olhar um pouco além do óbvio, porque o óbvio às vezes não é tão claro. E quando a gente encontra pessoas de outras realidades nos traz essa perspectiva diferente”.
A jovem técnica em Agropecuária ressalta ainda a importância das discussões relacionadas às mudanças climáticas:
“É um tema atual e que tem sido bem debatido; e o Irpaa está nos proporcionando aprofundar nesse tema”.
O estudante do curso técnico em Agropecuária, da Escola Família Agrícola de Itiúba-BA, Wendy Araújo, está animado para os próximos dias de aprendizado nessa formação. Ele destaca que espera, ao longo da Escola, “aprender novos conhecimentos e ter novos objetivos para a vida, objetivos futuros que vão mudar sim a nossa história enquanto pessoas, na parte social, técnica e profissional”.
A EFJCSA acontece no Centro de Formação Dom José Rodrigues, a roça do Irpaa em Juazeiro. A programação de atividades segue até o dia 21 de julho com momentos que contemplam, por exemplo, discussões teóricas, práticas e intercâmbios para vivências em locais históricos e importantes para a Convivência com o Semiárido.
Também durante a abertura da Escola, a coordenadora administrativa do Irpaa, Nívea Rocha, ressaltou a missão que os/as participantes têm de multiplicar os saberes e assumir o protagonismo em suas localidades:
“A gente acredita que esse espaço potencializa e possibilita a oportunidade da juventude protagonizar o seu espaço, a juventude é hoje, é agora (…) No nosso plano decenal, trabalhar com juventudes e mulheres é o nosso objetivo principal. A semente aqui plantada, com certeza, vai render bons frutos”.
A EFJCSA é realizada pelo Irpaa, apoiada por projetos da Instituição com a cooperação internacional. Esta edição também conta com o apoio do Projeto Baraúnas dos Sertões, uma iniciativa da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em parceria com a Rede Ater Nordeste de Agroecologia e a Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Texto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa | Fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa e participantes da 31ª EFJCSA