Quatro mulheres foram mortas por dia em contextos de violência doméstica, familiar ou por menosprezo e discriminação no Brasil em 2024, é o que apontam dados do Mapa da Segurança Pública, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta quarta-feira (11). De acordo com o levantamento, o último ano registrou o maior número de casos de feminicídio da série histórica, contabilizada desde 2020.

Segundo matéria do Estadão, 1.549 casos foram registrados em 2024, representando um aumento de 0,69% em relação a 2023. A taxa, por outro lado, manteve-se no mesmo patamar do ano anterior, com 1,34 casos a cada 100 mil mulheres. Desde 2020, verifica-se um crescimento gradual no número absoluto de feminicídios no país.

Os estados com maiores taxas de aumentos são:

-Piauí (42,86%)

-Maranhão (38%)

-Paraná (34,57%)

-Amazonas (30,43%)

O recorte regional da análise aponta que, assim como no ano anterior, a Região Centro-Oeste registrou a maior taxa de feminicídios do país, com 1,87 casos para cada 100 mil mulheres, percentual acima da média nacional. Em contraste, a Região Sudeste apresentou a menor taxa, com 1,16 casos por 100 mil mulheres, embora tenha concentrado o maior número absoluto de vítimas, com 532 registros.

Além disso, a região mais populosa do país também conteve os dois municípios com a maior quantidade de vítimas em 2024, Rio de Janeiro e São Paulo, que ambos registraram 51 casos.

O Ministério da Justiça pontua, entretanto, que a análise sobre a taxa de feminicídios deve ser feita proporcionalmente ao crescimento demográfico. Considerando os dados populacionais, a população feminina brasileira passou de 107.023.935 em 2020 para 108.921.464 em 2024.

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