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“Quando a razão se cala e a violência grita”, por Rivelino Liberalino

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Há momentos em que o coração aperta de um jeito que as palavras quase não cabem. O que dizer diante de uma tragédia que poderia ser evitada? Como escrever quando o que sentimos é, antes de tudo, perplexidade, dor, indignação e, acima de tudo, um profundo lamento por estarmos tão distantes — ainda — do que seria a essência de uma sociedade humana?

O que aconteceu em Petrolina, em pleno período de festividades juninas, não foi apenas um crime. Foi uma ferida aberta na consciência coletiva. Um jovem piauiense, que veio para celebrar a alegria do São João, teve a vida brutalmente arrancada após uma discussão que evoluiu para um espancamento cruel, covarde, injustificável. Empresários, advogados, mulheres estavam ali. E o mais triste: ninguém impediu. Ninguém disse “basta”. Ninguém foi a voz da razão. E isso nos obriga a uma pergunta que não quer calar: onde estava a humanidade naquele instante?

Vivemos tempos de inversão. Tempos em que a empatia virou artigo raro. Tempos em que o debate cede lugar ao grito. Em que a divergência vira ataque. Em que a impulsividade substitui o diálogo. A violência se tornou a linguagem de quem já não consegue mais pensar. E quando até os instruídos, os letrados, os que se presumem formadores de opinião se rendem à brutalidade, o que nos resta?

Petrolina, que até então se vangloriava de ser vitrine do São João, agora vê sua imagem manchada por manchetes de dor. Não por vontade de seus filhos, nem por falha direta dos seus gestores — mas porque a violência, essa hóspede sombria, se infiltrou onde jamais deveria estar: no coração de um tempo que deveria ser de encontro, de cultura, de paz. Assim como já se infiltrou nas escolas, nas igrejas, nos lares. A tragédia da menina Beatriz ainda pulsa em nossa memória como outra cicatriz. E agora, mais uma.

Mas este não é um texto para atacar ninguém. Este é um grito silencioso, um convite à reflexão profunda. Quantas vezes será preciso dizer que violência não resolve, só amplia? Que não há honra em agredir. Que não há força em esmagar. Que o excesso de força não é coragem — é descontrole. É falência moral.

Hoje, choram os pais do jovem morto. E, não duvidem, também choram os pais dos agressores. Choram pelas consequências que vêm — porque uma escolha feita em segundos destrói futuros inteiros. A dor agora é coletiva. E talvez esse seja o ponto mais devastador: num instante de fúria, todos perdem.

É hora de todos nós, enquanto sociedade, pararmos para pensar. O brilho da festa deu lugar a um nó na garganta. Uma família perdeu seu filho. Outras perderão o convívio com os seus. E nós, o que perderemos se não mudarmos?

A violência é o fim da inteligência.

É a falência da palavra.

É a negação da empatia.

É a recusa de se enxergar no outro.

Ainda não somos humanos o suficiente. Ainda estamos distantes de sermos, verdadeiramente, civilizados. Mas talvez — só talvez — a comoção que hoje nos atravessa sirva para um começo. Um despertar. Um silêncio necessário para escutar de novo a razão, o respeito, a compaixão.

Que esse crime brutal não seja apenas mais uma manchete. Que seja memória, lição, marco. Para que o São João de Petrolina siga sendo, com justiça, sinônimo de cultura, de beleza, de encontro — e não de tristeza.

Que a juventude de quem partiu nos acorde.

E que a dor dos que ficam nos transforme.

Porque, se não aprendermos agora, quando?

Rivelino Liberalino, advogado

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