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RGANIZAÇÃO DAS MULHERES NO TERRITÓRIO E O DEBATE SOBRE A VIOLÊNCIA SÃO DESTAQUES DA III FEIRA AGROECOLÓGICA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E SAÚDE DA MULHER

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O EVENTO ACONTECEU EM REMANSO E PROPORCIONOU CUIDADOS COM A SAÚDE

“Abafaram nossa voz, mas esqueceram de que não estamos sós”. Esse trecho da música “Pra todas as mulheres”, da cantora Mariana Nolasco, representa através da arte, a união e a força das mulheres que juntas lutam por respeito, equidade de gênero e pelo simples direito de viver. E foi assim, com o fortalecimento da união feminina, que aconteceu a terceira edição da Feira Agroecológica de Economia Solidária e Saúde da Mulher, na última sexta-feira (31), em Remanso.

A programação da Feira contou com atividades de comercialização de alimentos agroecológicos e produtos artesanais, aquecimento da economia solidária, discussões sobre divisão justa do trabalho doméstico, lançamento da cartilha “Combate à violência doméstica”, formação política, ciranda de crianças e oferecimento de serviços de saúde e beleza. O evento reuniu dezenas de mulheres dos 10 municípios que compõem o Território Sertão do São Francisco (TSSF), que refletiram durante os debates temas como os desafios que ainda acometem as mulheres em pleno século XXI e quais as possibilidades de enfrentamento.

Uma das estratégias apontadas foi a utilização da cartilha “Combate à violência doméstica- pelo fim da violência: em defesa dos direitos das mulheres”, lançada durante a Feira. Essa publicação é um instrumento pedagógico que será usado pelas multiplicadoras, mulheres rurais e urbanas, que integram a Rede Mulher TSSF, para colaborar com momentos de reflexão sobre as diversas violências contra as mulheres, estimulando aprendizados e comprometimento das famílias, comunidades, sindicatos, dentre outros espaços, em prol do combate a essas violências.

O papel das multiplicadoras da Rede Mulher é fundamental para difundir os debates e empoderar outras mulheres. “Dentro da Rede Mulher, nós formamos multiplicadoras. Então, cada município tem grupos de mulheres que são multiplicadoras, mulheres que geralmente conseguem participar de formações da Rede. A ideia é que essas multiplicadoras voltem para os seus municípios e comunidades e façam a formação que elas tiveram com as mulheres que ainda não conseguem sair da comunidade por diversos motivos”, explica a presidenta da Rede Mulher TSSF, Gizele Maria Oliveira.

Gizeli enfatiza ainda a importância da cartilha na promoção do debate sobre o assunto, principalmente entre as mulheres, para que elas se fortaleçam no combate à violência. “É mais um suporte para que essas multiplicadoras possam aplicar e conversar sobre a violência contra a mulher. Então, a cartilha é bem didática, prática, vem numa linguagem que as agricultoras conseguem passar a informação para outras agricultoras. (…) com muitas imagens ilustrativas que faz com que as mulheres consigam transmitir pras outras, o que é violência contra a mulher”.

A agricultora Isabel de Souza, da comunidade Malhadinha em Remanso, participou atentamente de toda a programação e destacou a importância de espaços de discussão sobre as violências sofridas diariamente pelas mulheres em seus lares, além de incentivar o empoderamento feminino. “Foi muito bom esse momento, porque falou de várias violências que a mulher passa, violência doméstica com o marido, e a mulher não denuncia. E também é muito escravizada pelo marido, que aqui muitos homens são machistas mesmo, é quem manda, quem desmanda e a mulher sempre de cabeça baixa. Mas, com esse espaço, esse movimento, essa ajuda, incentiva as mulheres pra denunciar e também não ser mais submissa, ser mais independente, ter nosso emprego, nosso trabalho, aprender a dirigir”.

A divisão justa do trabalho doméstico foi um dos temas discutidos no evento, pois, historicamente, na sociedade patriarcal e machista, os afazeres do lar são de responsabilidade das mulheres. A deputada estadual Neusa Cadore, que marcou presença na Feira, destacou que a divisão de tarefas dentro de casa é um assunto que precisa ser mais debatido e, principalmente, exercido na prática. “Como é que nós vamos mudar essa situação vivida dentro das casas que é o acúmulo de trabalho, como é que efetivamente nós vamos dividir tarefas para tirar essa violência do nosso dia a dia, do nosso cotidiano?”, questiona Neusa.

Outra função que, na maioria das vezes, fica sob a responsabilidade das mulheres é o cuidado com os/as filhos/as, que em muitos casos, impossibilita a participação das mães em outras atividades. Assim, pensando em garantir a participação das mães, a Feira contou com a Ciranda das Crianças, para que as mães deixassem seus filhos com a cirandeira, enquanto participavam das discussões e aproveitavam os serviços oferecidos.

“Eu aproveitei mesmo, cortei o cabelo, fiz sobrancelha e limpei a pele. Além de ser um momento de estar encontrando as companheiras dessa caminhada, que já tinha um tempo que não se encontrava. Um momento de integração e interação entre as mulheres, e a cirandeira também é outro elemento importante nesses espaços que a mulher pode participar, porque a gente tendo com quem deixar nossas crianças, nossos filhos, isso é muito valoroso, gente de confiança que vai cuidar bem das nossas crianças e que a gente pode tá aproveitando mais a feira”, destaca a agricultora Ana Lúcia Silva, da comunidade Lagoa do Meio, distrito de Massaroca em Juazeiro.

Assim, a Feira Agroecológica de Economia Solidária e Saúde da Mulher se constituiu como um espaço importante de reflexões sobre as violências contra as mulheres e para incentivo da comercialização dos diversos itens produzidos pelas mulheres, o que contribui para a autonomia financeira feminina. Também houve a promoção de momentos de cuidado e interação, além de fortalecer a organização das mulheres no território.

O evento foi realizado pela Rede Mulher TSSF, com apoio do projeto Pró-Semiárido, do Governo do Estado da Bahia, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com recursos via acordo de empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). A atividade também contou com o apoio de entidades parceiras, a exemplo do Instituto Regional da Pequena Agropecuária (Irpaa).

Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

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